Luiz Carvalho GALLEGO dedicou-se ao audiovisual por 12 anos e a imagem e a paisagem sempre estiveram no seu radar de observação e interesse. Nesse percurso conheceu a agricultura biodinâmica, que no seu olhar significa tanto modo de vida quanto arte e filosofia. Hoje desenvolve projetos de jardins comestíveis, que propõe a substituição ou conjugação dos gramados do tipo alcatifa por uma paisagem comestível altamente produtiva, colorida e diversa.
“Sempre olhava pra agricultura com este aspecto artístico, de uma paisagem viva e movente, que nutre e alimenta. Era desse modo que o impulso artístico se mantinha ali, sementeado, esperando um vento bater”, define Gallego.
Esse vento veio e bateu durante a pandemia. Ele criou alguns desenhos de canteiros privilegiando o olhar para a forma, sendo um circular, outro orgânico intuitivo e outros seguindo o desenho que o espaço já propunha. Em Brasília fez o Canteiro Circular Contato Imediato, finalizando com pó de arroz.
“Ler a agricultura biodinâmica como modalidade artística é tão necessário quanto saber que o alimento vem da terra”, diz ele, que define seu trabalho como paisagismo comestível e arte telúrica.
Formou-se em Agroecologia pelo SERTA, e estudou Biodinâmica na Associação Brasileira de Biodinâmica, entre 2018 e 2020. Por conta da pandemia, adaptou a proposta para a I Jornada de Formação em Agricultura Biodinâmica do Brasil. Ainda em 2019 fez uma investigação agrícola-artística que originou o Quintal Produtivo Biodinâmico Casa da Floresta, no condomínio Flor da Mata, em Aldeia.
Tem como inspiração os reinos da vida, o arquétipo que reside em todo ser vivente,as agricultoras e os agricultores das cidades e do campo, a antroposofia, Rudolf Steiner e Goethe.
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